O que é análise de vulnerabilidades técnicas e como realizá-la
Última atualização: março 26, 2021Quando falamos em CRO, ou Otimização da Taxa de Conversão, devemos pensar em testes. É testando que sabemos se as hipóteses formuladas podem aumentar a taxa de conversão.
E a fim de rodar testes com garantia de resultados fiéis, antes é preciso checar todos os empecilhos técnicos que seu site apresenta. Se algum formulário está com erro, por exemplo, isso pode impactar a confiabilidade do teste, uma vez que o resultado será influenciado por algo que não estava planejado.
Assim, é fundamental conduzir uma análise de vulnerabilidades técnicas.
Esse estudo é feito explorando toda a interface, inclusive seu código, procurando por erros e causas para lentidão. Neste artigo, você vai entender melhor o que é isso, como fazer e seus benefícios. Vamos lá?O que é análise de vulnerabilidades técnicas
A análise de vulnerabilidades técnicas deve ser executada por um profissional que entende, pelo menos um pouco, de código. Utilizamos muitas ferramentas que podem ser compreendidas por leigos, no entanto, é necessário explorar também o código a fim de encontrar erros.
Aqui na Supersonic, nós entregamos essa análise para nossos clientes. Cada problema encontrado é classificado por severidade, do que mais afeta a experiência do usuário ao que menos afeta.
Assim, é possível priorizar ajustes e evitar que empecilhos técnicos influenciem os procedimentos da metodologia de CRO. Confira a seguir o passo a passo da análise.
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Etapas da análise de vulnerabilidades técnicas
Confira as ferramentas que utilizamos e os motivos para executar cada etapa da análise.
Análise de performance
Um site que oferece uma experiência fluida ao usuário deve carregar rapidamente e ser acessível, além de possuir um SEO fortalecido, que ajuda o Google a colocar suas páginas nos resultados de busca.
Isso pode ser feito por meio do Lighthouse, ferramenta do Google que funciona através de extensão do Chrome ou linha de comando. Ele traz uma pontuação nas frentes de Performance, Acessibilidade, SEO e Boas Práticas Gerais.
Veja um exemplo de relatório:
Criei esta análise pelo Lighthouse do e-commerce de móveis e decoração Mobly.
É possível observar que a performance, no exemplo acima, deixa a desejar. O relatório completo da ferramenta traz várias dicas e oportunidades de melhoria para enfrentar o problema.
Confira um olhar mais próximo da performance:
- O tempo “time to interactive” tem relação com o tempo até a página se tornar completamente interativa e clicável.
- O tempo “first contentful paint” é o tempo até a primeira imagem ou o primeiro texto aparecer.
- O “speed index” mostra quanto tempo demora até os conteúdos da página estarem visíveis.
Uma das sugestões é eliminar o render-blocking, veja:
Render-blocking é o termo que utilizamos quando o navegador se ocupa processando estilos/scripts, deixando a renderização da página para depois.
O visitante vê então uma página branca até que tudo seja carregado, o que prejudica sua experiência.Aplique as sugestões de melhoria e você já terá resultados positivos na sua taxa de conversão.
Exploração de erros
Nesta etapa, você deve se comportar como usuário. Cheque todos os botões, links, conversões. Repita o processo em outra tela e navegador.
Veja um exemplo de erro no site do e-commerce de casa e construção Telhanorte:
O produto da lista se sobrepõe ao menu e esconde alguns links. Aproveitando: vale conferir nossa análise do site da Telhanorte comparando com seu concorrente Madeira Madeira.
Existe uma infinidade de erros possíveis, mas aqui vão algumas dicas:
- Os links estão corretos?
- Tudo que deveria ser clicável é clicável?
- Existe sobreposição de elementos que atrapalhem a navegação?
- A organização das informações continua lógica quando mudamos de tela?
- Como está o contraste entre o texto e a cor ou imagem no fundo?
- Existem saídas em todas as páginas (voltar para a home por exemplo)?
- Todos os elementos são fáceis de clicar, especialmente em dispositivos móveis? Cor que destaca, tamanho, etc
- Textos e elementos estão alinhados em vários tamanhos de tela?
Verificação de ferramentas conectadas
Outra fase importante da análise de vulnerabilidades técnicas é a verificação das ferramentas conectadas, como Google Analytics, Optimize e Tag Manager. Estratégias de marketing focadas em dados devem gerar relatórios por meio desses recursos, no entanto, erros na configuração e instalação podem gerar lentidão na página e dados pouco confiáveis.
Para isso, é necessário analisar o código da página, o que deve ser feito por um profissional qualificado. Além disso, vale aprender um pouco mais sobre essas ferramentas:
- Como utilizar o Google Optimize e o passo a passo de um teste A/B
- Como configurar o Google Analytics e algumas dicas avançadas
- Aprenda a configurar o Tag Manager e facilite sua vida
Outras dicas para a análise de vulnerabilidades técnicas
Existem vários outros erros que podem ser identificados observando o código da página. Não deixe de solicitar os serviços de um profissional a fim de aprofundar essa análise. Vale também destacar algumas dicas que valem para a maioria dos sites:
- Otimize suas imagens. Deixe gifs de lado e aplique extensões mais atualizadas e leves, como .webp.
- Verifique se a sua hospedagem suporta a quantidade de acessos que você possui. Dependendo do estágio, pode ser a hora de fazer um upgrade.
- O seu servidor está longe do Brasil? Se a comunicação entre o visitante e o site precisa atravessar milhares de quilômetros, o tempo de espera será maior.
- Revise os códigos Javascript e busque limpar redundâncias e códigos antigos que já não servem para mais nada.
A análise de vulnerabilidades técnicas é apenas uma das fases da metodologia de CRO. Quer saber o que mais está incluso nesse processo? Conheça o trabalho das agências de conversão.
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